aldeia de couce
REQUALIFICAÇÃO e PAVIMENTAÇÃO DOS CAMINHOS
LOCALIZAÇÃO…
A Aldeia de Couce, localiza-se no Concelho de Valongo, no Vale do Rio Ferreira, inserida no conjunto montanhoso formado pelas Serras de Sta. Justa, Pias, e Castiçal, mais concretamente, no sopé da Serra de Sta. Justa, na vertente oriental voltada a este, na direcção da vertente ocidental da Serra de Pias.
ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS…
O interesse científico e cultural do espaço é reconhecido pela criação do Parque Paleozóico sendo a importância das serras ao nível da fauna e flora, uma mais valia para aprovação da área como Parque protegido…
A Serra é já procurada com fins desportivos pela população do Grande Porto, resultado do facto de este ser o único espaço na área metropolitana com características necessárias á prática de desportos associados à natureza…
A par com a procura de todo o espaço envolvente com fins desportivos e culturais, existe um pressuposto a considerar, a crescente procura de populações urbanas do espaço rural como representativo de um ideal alternativo ao modo de vida urbano/industrial. Existe uma crescente valorização do espaço rural, apoiada na percepção da sua relação com a natureza, das relações sociais, da negação de todos os aspectos fenastos associados á cidade…
O facto de se encontrar localizada no centro geográfico do parque, aliado às suas próprias potencialidades turísticas, indica Couce como ponto de partida, chegada e paragem para quem explora as serras ou simplesmente para servir os seus próprios visitantes…
O objectivo desta primeira intervenção na aldeia é do tipo infra-estrutural, contemplar no essencial o melhoramento dos acessos, requalificar o espaço urbano que a caracteriza e identifica, de forma a melhorar as condições de habitabilidade da aldeia, sem descaracterização da natureza e espírito/vivência quotidiana do local…
Numa segunda fase, é pretensão completar o estudo por forma a permitir a recuperação das construções que constitui este conjunto arquitectónico e ainda proporcionar a sua promoção turística e animação sócio económica, condições essenciais a um desenvolvimento sustentado da qualidade de vida da população residente, ajudando a que esta se mantenha e sociabilize…
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO…
A área de intervenção deste quadro de trabalho, centrado no tratamento do espaço público da Aldeia de Couce, é definida tendo em conta a chegada e visita da Aldeia, o que para o efeito, foram considerados dois tipos de visitantes:
- o caminhante, que pela sua capacidade física e desejo de explorador, tem como objectivo percorrer a Serra, sentindo e assimilando todo o espírito do local, registando cada ponto de observação, cada sentimento face à descoberta da natureza, no entendimento da fauna e flora, bem como da acção do homem… e que entende o aglomerado como uma etapa do percurso, onde poderá realizar o encontro com as gentes da aldeia e obter abastecimento e forças para a continuidade da caminhada…
- o visitante turista, será aquele que se desloca por meios mecânicos e percorre a Serra pelo “estradão”…
(caminho este, aberto em tempos longínquos, foi objectivo a garantia de uma acessibilidade mais directa para qualquer emergência, bem como para a própria manutenção/limpeza da Serra)
… trata-se de um visitante mais empirista, que se desloca em grupo, e que tem como objectivo, percorrer o aglomerado e usufruir da escala de espaço urbano que a aldeia, como conjunto arquitectónico, lhe proporcionará… voltando, mais tarde, ao ponto de partida pelos mesmos meios mecânicos…
O entendimento e resposta a estes dois tipos de atitudes, resulta para o primeiro, na continuidade do percurso que se desenvolve ao longo do “corredor ecológico”, traçado que se suporta em caminhos públicos, de servidão ou mesmo percursos naturais que se foram sedimentando ao longo dos tempos pela deslocação da população local…
Este surge na Aldeia de Couce, pela cota baixa, acompanhando o desenho do Rio Ferreira, direccionado para o “centro”, área de maior densidade de população residente e concentração de construções ainda consolidadas…
O segundo é o visitante que se desloca mais comodamente, por opção ou por condição física, através de meios mecânicos, chegando à Aldeia pela cota mais alta, resultado da existência do referido “estradão”.
Este tipo de visitante, normalmente constituído por grupos, procura a maior proximidade ao “Sítio” de visita, até se possível tem a pretensão de chegar “dentro” dele… por esse motivo a proposta proporciona um “átrio” de chegada com dimensão para permanência de veículos.
O PERCURSO NA ALDEIA …
A pavimentação dos caminhos da Aldeia de Couce, está prevista, na sua generalidade, em calçada irregular, do tipo antiga portuguesa, com utilização dos materiais dominantes na região, sendo de considerar, os diversos pontos objecto de intervenção específica, de acordo com a natureza do local… nos restantes caminhos prevê-se a limpeza e o eventual nivelamento, consolidação de muros envolventes, e a manutenção do piso natural…
UNIDADES DE EXECUÇÃO
INTERVENÇÃO A
Designada por “Zona de Chegada – acesso à Aldeia”, será o local seleccionado, para a recepção dos visitantes que chegam através de veículos à aldeia. Embora a aldeia seja visualmente acessível, o percurso imposto como condição turística, obriga a algum distanciamento do centro do aglomerado. Isto porque é intenção da proposta, manter algum “efeito surpresa” ao visitante/observador, pois a deslocação para a extremidade oposta do aglomerado, permitiria uma leitura total do conjunto, o que quebraria a sensação da escala da Aldeia …
Não é pretensão criar um aparcamento rígido na sua forma, mas sim aceitar o espaço disponível, sem anular qualquer espécie vegetal de grande porte. Impõe-se a limpeza do local, a consolidação dos muros e das plataformas de trabalho, para a utilização do eventual aparcamento auto, definindo a área de circulação com pavimentação de brita ensaibrada.
INTERVENÇÃO B
O visitante, é direccionado para percorrer um caminho existente, e de serventia, à muito assumida pelos locais, estreito, entre muros delimitadores de propriedades. Estas, destinadas a áreas específicas de cultivo, onde o visitante vai absorvendo a ruralidade que envolve a aldeia.
A intervenção que se propõe é, limpeza dos caminhos, pontualmente o nivelamento do traçado, e consolidar os muros existentes, permitindo a pavimentação em calçada irregular do tipo antiga portuguesa.
A primeira paragem, designada no estudo por Zona de Actividades, consiste no tratamento de um espaço existente, com carácter. É um “sítio” caracterizador da actividade rural que envolve os habitantes da aldeia, onde se destaca a presença da eira para secagem e o respectivo “palheiro” para armazenamento que lhe dá apoio.
Aqui é pretensão, realizar a recepção dos visitantes, onde se torna possível a manifestação de eventos culturais, do tipo dança tradicional e/ou folclórica, entre outros…
O tratamento construtivo deste espaço, consiste na consolidação da construção existente, limpeza de vegetação excessiva e silvestre, manutenção de árvores de grande porte, arranjo pontual da cobertura do edifício, estrutura e telhas, e tratamento dos muros envolventes…
A restante área, que está devidamente delimitada pelos muros existentes, será regularizada e tratada para receber, como acabamento final, uma estrutura constituída por réguas de madeira tratada, do tipo “extruplás – materiais reciclados”… Esta intenção construtiva delimita as áreas de circulação do visitante, oferendo uma maior superfície de estar, necessária quando se trata de juntar um grande grupo de pessoas…
INTERVENÇÃO C
A continuidade do percurso, nos mesmos materiais de acabamento, resulta na designada “Zona Central – ponto de encontro e mirante”…
Neste local central da aldeia, é pretensão recuperar motivações de outrora, vivências de um passado, onde era costume as pessoas encontrarem-se, as crianças divertirem-se…
Face a esta pretensão impõe-se a recuperação do local, anulando as diversas construções de anexos, descaracterizantes que ao longo dos tempos foram sendo construídos.
Esta intervenção que envolve uma família local, terá que ser, a nível social devidamente salvaguardada.
Do ponto de vista construtivo, terá que ser realizada uma correcção da cobertura – asna e estrutura de madeira do telhado, de forma a recuperar a situação original, não só do telhado e como também da fachada.
Constituindo este local, um mirante privilegiado sobre a Serra e o Rio, impõe-se, depois da limpeza dos anexos, o nivelamento e regularização da área de intervenção, permitindo a pavimentação em réguas de madeira, delimitando bem a área de circulação e estar que se entende proporcionar ao visitante.
Uma vez mais, é importante a manutenção da vegetação local e a consolidação dos muros existentes e sua continuidade para eventual protecção, face às diferenças de cotas, entre a plataforma de estar e os caminhos envolventes.
Para permitir o ensombramento deste espaço será realizada a plantação de uma espécie de natureza local – quercus robur (carvalho alvarinho) … bem como de uma estrutura leve, de madeira e metal, do tipo pérgola com iluminação integrada…
Em virtude, da necessidade de acessibilidade ao edifício religioso da aldeia, capela privada, mas de utilização pública na época festiva da Páscoa, cujo acesso actual é demasiado esguio, é opção da intervenção, possibilitar uma alternativa.
Sugere-se uma escadaria em blocos de pedra, com visibilidade deste espaço renovado, no entanto com acesso condicionado ao público, por um portão em metal.
INTERVENÇÃO D
Na sequência do percurso, a utilizar os mesmos materiais de acabamento, resulta a designada “Zona Intermédia – ponto de encontro e mirante”, intervenção em tudo semelhante à situação anterior…
Esta pequena intervenção, proporciona uma vez mais um ponto de observação da paisagem envolvente, paragem para descanso e encontro com as “gentes” de Couce…
Aqui, impõe-se, depois da limpeza do local, o nivelamento e regularização da área de intervenção, permitindo a pavimentação em réguas de madeira, delimitado através de muros de pedra local…
Para permitir o ensombramento deste espaço será realizada a plantação de uma espécie de natureza local – quercus robur (carvalho alvarinho) … bem como de uma estrutura leve, de madeira e metal, do tipo pérgola …
INTERVENÇÃO E
Na “Zona Intermédia – parque para grupos”, será objecto de diversas obras, que se podem enumerar:
- Aproveitamento de nascente, em canal a construir, uma vez mais com os materiais da região, permitindo a recolha de água e a sua corrente contínua, oferecendo sensações de frescura, para quem se desloca no caminho…
- o canal “nasce” na cota superior obrigando à interrupção do muro delimitador do referido caminho, realizando-se os trabalhos que permitam a execução de uma estrutura a circulação da água, desde a cota superior, sua queda num pequeno tanque e posterior atravessamento do caminho até à presa…
- o acesso do utilizador ao espaço de estar, realiza-se numa interrupção já existente no muro que envolve a área de intervenção, prevendo-se uma ampla escadaria em pedra…
- trata-se de um local privilegiado de ensombramento provocado por um carvalhal denso e bem desenvolvido, a proteger…
- a pavimentação, depois da regularização e consolidação do terreno, terá como acabamento o reguado de madeira…
- a delimitação da área de pavimentação será executada em muro de pedra, consolidação do existente e seu prolongamento a executar, conforme as peças desenhadas.
INTERVENÇÃO F
“Zona de saída da aldeia – ponto de água”
Aproveitamento de nascente, em canal a construir, uma vez mais com os materiais da região, permitindo a recolha de água e a sua corrente contínua, oferecendo sensações de frescura, para quem se desloca no caminho…
Utilização do recorte e recuo do plano linear do muro existente, para colocação canalização que permita a leitura de um chafariz natural, brotando da parede…
Marcação da intervenção através de uma lâmina de vidro temperado/laminado transparente, rasgado pela boca da nascente, onde se prevê uma inscrição que retrate, em síntese, a história da evolução de Couce, bem como a futura obra que a Câmara Municipal se propõe executar…
As águas serão recolhidas num tanque aberto, e devidamente canalizadas, seguindo o seu curso natural…
REQUALIFICAÇÃO e PAVIMENTAÇÃO DOS CAMINHOS
LOCALIZAÇÃO…
A Aldeia de Couce, localiza-se no Concelho de Valongo, no Vale do Rio Ferreira, inserida no conjunto montanhoso formado pelas Serras de Sta. Justa, Pias, e Castiçal, mais concretamente, no sopé da Serra de Sta. Justa, na vertente oriental voltada a este, na direcção da vertente ocidental da Serra de Pias.
ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS…
O interesse científico e cultural do espaço é reconhecido pela criação do Parque Paleozóico sendo a importância das serras ao nível da fauna e flora, uma mais valia para aprovação da área como Parque protegido…
A Serra é já procurada com fins desportivos pela população do Grande Porto, resultado do facto de este ser o único espaço na área metropolitana com características necessárias á prática de desportos associados à natureza…
A par com a procura de todo o espaço envolvente com fins desportivos e culturais, existe um pressuposto a considerar, a crescente procura de populações urbanas do espaço rural como representativo de um ideal alternativo ao modo de vida urbano/industrial. Existe uma crescente valorização do espaço rural, apoiada na percepção da sua relação com a natureza, das relações sociais, da negação de todos os aspectos fenastos associados á cidade…
O facto de se encontrar localizada no centro geográfico do parque, aliado às suas próprias potencialidades turísticas, indica Couce como ponto de partida, chegada e paragem para quem explora as serras ou simplesmente para servir os seus próprios visitantes…
O objectivo desta primeira intervenção na aldeia é do tipo infra-estrutural, contemplar no essencial o melhoramento dos acessos, requalificar o espaço urbano que a caracteriza e identifica, de forma a melhorar as condições de habitabilidade da aldeia, sem descaracterização da natureza e espírito/vivência quotidiana do local…
Numa segunda fase, é pretensão completar o estudo por forma a permitir a recuperação das construções que constitui este conjunto arquitectónico e ainda proporcionar a sua promoção turística e animação sócio económica, condições essenciais a um desenvolvimento sustentado da qualidade de vida da população residente, ajudando a que esta se mantenha e sociabilize…
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO…
A área de intervenção deste quadro de trabalho, centrado no tratamento do espaço público da Aldeia de Couce, é definida tendo em conta a chegada e visita da Aldeia, o que para o efeito, foram considerados dois tipos de visitantes:
- o caminhante, que pela sua capacidade física e desejo de explorador, tem como objectivo percorrer a Serra, sentindo e assimilando todo o espírito do local, registando cada ponto de observação, cada sentimento face à descoberta da natureza, no entendimento da fauna e flora, bem como da acção do homem… e que entende o aglomerado como uma etapa do percurso, onde poderá realizar o encontro com as gentes da aldeia e obter abastecimento e forças para a continuidade da caminhada…
- o visitante turista, será aquele que se desloca por meios mecânicos e percorre a Serra pelo “estradão”…
(caminho este, aberto em tempos longínquos, foi objectivo a garantia de uma acessibilidade mais directa para qualquer emergência, bem como para a própria manutenção/limpeza da Serra)
… trata-se de um visitante mais empirista, que se desloca em grupo, e que tem como objectivo, percorrer o aglomerado e usufruir da escala de espaço urbano que a aldeia, como conjunto arquitectónico, lhe proporcionará… voltando, mais tarde, ao ponto de partida pelos mesmos meios mecânicos…
O entendimento e resposta a estes dois tipos de atitudes, resulta para o primeiro, na continuidade do percurso que se desenvolve ao longo do “corredor ecológico”, traçado que se suporta em caminhos públicos, de servidão ou mesmo percursos naturais que se foram sedimentando ao longo dos tempos pela deslocação da população local…
Este surge na Aldeia de Couce, pela cota baixa, acompanhando o desenho do Rio Ferreira, direccionado para o “centro”, área de maior densidade de população residente e concentração de construções ainda consolidadas…
O segundo é o visitante que se desloca mais comodamente, por opção ou por condição física, através de meios mecânicos, chegando à Aldeia pela cota mais alta, resultado da existência do referido “estradão”.
Este tipo de visitante, normalmente constituído por grupos, procura a maior proximidade ao “Sítio” de visita, até se possível tem a pretensão de chegar “dentro” dele… por esse motivo a proposta proporciona um “átrio” de chegada com dimensão para permanência de veículos.
O PERCURSO NA ALDEIA …
A pavimentação dos caminhos da Aldeia de Couce, está prevista, na sua generalidade, em calçada irregular, do tipo antiga portuguesa, com utilização dos materiais dominantes na região, sendo de considerar, os diversos pontos objecto de intervenção específica, de acordo com a natureza do local… nos restantes caminhos prevê-se a limpeza e o eventual nivelamento, consolidação de muros envolventes, e a manutenção do piso natural…
UNIDADES DE EXECUÇÃO
INTERVENÇÃO A
Designada por “Zona de Chegada – acesso à Aldeia”, será o local seleccionado, para a recepção dos visitantes que chegam através de veículos à aldeia. Embora a aldeia seja visualmente acessível, o percurso imposto como condição turística, obriga a algum distanciamento do centro do aglomerado. Isto porque é intenção da proposta, manter algum “efeito surpresa” ao visitante/observador, pois a deslocação para a extremidade oposta do aglomerado, permitiria uma leitura total do conjunto, o que quebraria a sensação da escala da Aldeia …
Não é pretensão criar um aparcamento rígido na sua forma, mas sim aceitar o espaço disponível, sem anular qualquer espécie vegetal de grande porte. Impõe-se a limpeza do local, a consolidação dos muros e das plataformas de trabalho, para a utilização do eventual aparcamento auto, definindo a área de circulação com pavimentação de brita ensaibrada.
INTERVENÇÃO B
O visitante, é direccionado para percorrer um caminho existente, e de serventia, à muito assumida pelos locais, estreito, entre muros delimitadores de propriedades. Estas, destinadas a áreas específicas de cultivo, onde o visitante vai absorvendo a ruralidade que envolve a aldeia.
A intervenção que se propõe é, limpeza dos caminhos, pontualmente o nivelamento do traçado, e consolidar os muros existentes, permitindo a pavimentação em calçada irregular do tipo antiga portuguesa.
A primeira paragem, designada no estudo por Zona de Actividades, consiste no tratamento de um espaço existente, com carácter. É um “sítio” caracterizador da actividade rural que envolve os habitantes da aldeia, onde se destaca a presença da eira para secagem e o respectivo “palheiro” para armazenamento que lhe dá apoio.
Aqui é pretensão, realizar a recepção dos visitantes, onde se torna possível a manifestação de eventos culturais, do tipo dança tradicional e/ou folclórica, entre outros…
O tratamento construtivo deste espaço, consiste na consolidação da construção existente, limpeza de vegetação excessiva e silvestre, manutenção de árvores de grande porte, arranjo pontual da cobertura do edifício, estrutura e telhas, e tratamento dos muros envolventes…
A restante área, que está devidamente delimitada pelos muros existentes, será regularizada e tratada para receber, como acabamento final, uma estrutura constituída por réguas de madeira tratada, do tipo “extruplás – materiais reciclados”… Esta intenção construtiva delimita as áreas de circulação do visitante, oferendo uma maior superfície de estar, necessária quando se trata de juntar um grande grupo de pessoas…
INTERVENÇÃO C
A continuidade do percurso, nos mesmos materiais de acabamento, resulta na designada “Zona Central – ponto de encontro e mirante”…
Neste local central da aldeia, é pretensão recuperar motivações de outrora, vivências de um passado, onde era costume as pessoas encontrarem-se, as crianças divertirem-se…
Face a esta pretensão impõe-se a recuperação do local, anulando as diversas construções de anexos, descaracterizantes que ao longo dos tempos foram sendo construídos.
Esta intervenção que envolve uma família local, terá que ser, a nível social devidamente salvaguardada.
Do ponto de vista construtivo, terá que ser realizada uma correcção da cobertura – asna e estrutura de madeira do telhado, de forma a recuperar a situação original, não só do telhado e como também da fachada.
Constituindo este local, um mirante privilegiado sobre a Serra e o Rio, impõe-se, depois da limpeza dos anexos, o nivelamento e regularização da área de intervenção, permitindo a pavimentação em réguas de madeira, delimitando bem a área de circulação e estar que se entende proporcionar ao visitante.
Uma vez mais, é importante a manutenção da vegetação local e a consolidação dos muros existentes e sua continuidade para eventual protecção, face às diferenças de cotas, entre a plataforma de estar e os caminhos envolventes.
Para permitir o ensombramento deste espaço será realizada a plantação de uma espécie de natureza local – quercus robur (carvalho alvarinho) … bem como de uma estrutura leve, de madeira e metal, do tipo pérgola com iluminação integrada…
Em virtude, da necessidade de acessibilidade ao edifício religioso da aldeia, capela privada, mas de utilização pública na época festiva da Páscoa, cujo acesso actual é demasiado esguio, é opção da intervenção, possibilitar uma alternativa.
Sugere-se uma escadaria em blocos de pedra, com visibilidade deste espaço renovado, no entanto com acesso condicionado ao público, por um portão em metal.
INTERVENÇÃO D
Na sequência do percurso, a utilizar os mesmos materiais de acabamento, resulta a designada “Zona Intermédia – ponto de encontro e mirante”, intervenção em tudo semelhante à situação anterior…
Esta pequena intervenção, proporciona uma vez mais um ponto de observação da paisagem envolvente, paragem para descanso e encontro com as “gentes” de Couce…
Aqui, impõe-se, depois da limpeza do local, o nivelamento e regularização da área de intervenção, permitindo a pavimentação em réguas de madeira, delimitado através de muros de pedra local…
Para permitir o ensombramento deste espaço será realizada a plantação de uma espécie de natureza local – quercus robur (carvalho alvarinho) … bem como de uma estrutura leve, de madeira e metal, do tipo pérgola …
INTERVENÇÃO E
Na “Zona Intermédia – parque para grupos”, será objecto de diversas obras, que se podem enumerar:
- Aproveitamento de nascente, em canal a construir, uma vez mais com os materiais da região, permitindo a recolha de água e a sua corrente contínua, oferecendo sensações de frescura, para quem se desloca no caminho…
- o canal “nasce” na cota superior obrigando à interrupção do muro delimitador do referido caminho, realizando-se os trabalhos que permitam a execução de uma estrutura a circulação da água, desde a cota superior, sua queda num pequeno tanque e posterior atravessamento do caminho até à presa…
- o acesso do utilizador ao espaço de estar, realiza-se numa interrupção já existente no muro que envolve a área de intervenção, prevendo-se uma ampla escadaria em pedra…
- trata-se de um local privilegiado de ensombramento provocado por um carvalhal denso e bem desenvolvido, a proteger…
- a pavimentação, depois da regularização e consolidação do terreno, terá como acabamento o reguado de madeira…
- a delimitação da área de pavimentação será executada em muro de pedra, consolidação do existente e seu prolongamento a executar, conforme as peças desenhadas.
INTERVENÇÃO F
“Zona de saída da aldeia – ponto de água”
Aproveitamento de nascente, em canal a construir, uma vez mais com os materiais da região, permitindo a recolha de água e a sua corrente contínua, oferecendo sensações de frescura, para quem se desloca no caminho…
Utilização do recorte e recuo do plano linear do muro existente, para colocação canalização que permita a leitura de um chafariz natural, brotando da parede…
Marcação da intervenção através de uma lâmina de vidro temperado/laminado transparente, rasgado pela boca da nascente, onde se prevê uma inscrição que retrate, em síntese, a história da evolução de Couce, bem como a futura obra que a Câmara Municipal se propõe executar…
As águas serão recolhidas num tanque aberto, e devidamente canalizadas, seguindo o seu curso natural…
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