CENTRO SOCIAL PAROQUIAL - S. JOÃO DA FOZ DO SOUSA GONDOMAR

CENTRO SOCIAL PAROQUIAL - FOZ DO SOUSA - GONDOMAR
A INSTITUIÇÃO

O Centro Social Paroquial de S. João da Foz do Sousa é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), que tem como objectivo “promover e realizar a integração social e comunitária de todos os paroquianos, principalmente os grupos de paroquianos menos favorecidos ou mais vulneráveis, nomeadamente, crianças, jovens, idosos e deficientes”.

A constituição desta instituição iniciou-se a 3 de Outubro de 2000, data em que, após a apresentação dos seus estatutos pela Fábrica da Igreja Paroquial, foi realizada a erecção canónica pelo Bispo da Diocese, sendo o Centro Social reconhecido como pessoa jurídica de direito eclesiástico.

Em Abril de 2001, foi dado conhecimento à autoridade civil competente e, em Outubro, o Centro Social adquiriu personalidade jurídica, passando a ser reconhecido como pessoa colectiva de utilidade pública com publicação no Diário da República n.º 79/2002, II Série de 4 de Abril.

A tomada de posse dos Órgãos Sociais realizou-se no dia 30 de Junho de 2002.

Em Dezembro de 2002, foi formalizada a constituição da Liga de Amigos do Centro Social Paroquial de S. João da Foz do Sousa, composta por pessoas que através de donativos e/ou trabalho voluntário colaboram no desenvolvimento de actividades para a prossecução dos projectos do Centro Social. Neste momento, a Liga de Amigos tem cerca de 1000 membros.

No dia 5 de Janeiro de 2003, foi inaugurada a primeira valência – Centro de Convívio para Idosos – com a lotação de 30 utentes.

No final do ano de 2004, em sede de Comissão Social Inter-freguesias Douro Poente, no âmbito da Rede Social, constatou-se a necessidade da criação de um Serviço de Apoio Domiciliário. Assim, no dia 1 de Julho de 2005, colocamos em funcionamento o Serviço de Apoio Domiciliário para 15 utentes. Dada a inexistência das infra-estruturas necessárias para o desenvolvimento de serviços como a confecção das refeições e a lavandaria foi realizado um Protocolo de Cooperação com a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar. Foi no mês de Dezembro do mesmo ano, que celebramos o Acordo de Cooperação com o Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social do Porto para 16 utentes.

Em Agosto de 2005, perante a solicitação do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social do Porto, assinamos um Protocolo que tem como objectivo colaborar na aplicação da medida de política social “Rendimento Social de Inserção” através de uma equipa composta por uma Assistente Social, uma Educadora Social, uma Psicóloga e uma administrativa. A equipa iniciou o seu funcionamento a 1 de Setembro.

O Centro Social Paroquial de S. João da Foz do Sousa está sedeado na freguesia da Foz do Sousa, uma das 12 freguesias do Concelho de Gondomar. O Concelho de Gondomar é considerado o 3.º maior concelho da Área Metropolitana do Porto, tem uma área aproximada de 130.5 Km2 e cerca de 164 096 habitantes, de acordo com os Censos 2001. É um concelho bastante heterogéneo. Podemos desde já fazer uma distinção entre as freguesias que se situam mais perto do Porto (Baguim do Monte, Rio Tinto, Fânzeres, S. Pedro da Cova, Gondomar, Valbom e Jovim) a as que se situam no alto do concelho (Foz do Sousa, Covelo, Medas, Melres e Lomba). É nas freguesias mais urbanas e periféricas à cidade do Porto, que se concentram maior número de habitantes.

A freguesia da Foz do Sousa situa-se na parte mais alta do concelho, tem cerca de 19Km2 e uma população residente de 6405 pessoas, com 1076 crianças (0-14 anos), que representam 16.79% e os 945 jovens (15-24 anos), que representam 14.75%. Os adultos em idade activa (25-64 anos) são 3513, mais de 50% da população residente (54.84%) e os idosos (idade igual ou superior a 65 anos) são 871, com uma representação de13.59% face à população total, de acordo com os Censos 2001.

Segundo o Diagnóstico Social do Concelho de Gondomar, realizado pela Rede Social, a freguesia da Foz do Sousa é a terceira freguesia com maior índice de envelhecimento (80.8%) e de dependência dos idosos (19.3%).

Face às necessidades diagnosticadas, inscritas no Diagnóstico Social e previstas no Plano de Desenvolvimento Social, esta freguesia, em particular, e o Concelho, em geral, não possuem equipamentos sociais em número suficiente, quer na área da infância, quer na área da terceira Idade. Estes dois problemas foram diagnosticados e são considerados como prioridade para a intervenção social no Concelho de Gondomar, dado que se inserem na Prioridade I no Plano de Desenvolvimento Social, isto é, são considerados problemas de máxima importância e máxima urgência.

Esta prioridade surge no seguimento da ruptura com o modelo tradicional de família, normalmente alargada e que assumia todas as necessidades inerentes a qualquer um dos seus membros, substituída agora pela família nuclear que, confrontada com uma série de situações problemáticas tais como o desemprego, a crise habitacional, a insuficiência dos serviços de creches e de apoio à infância, entre outras e as transformações demográficas, sente necessidade de recorrer a equipamentos e/ou serviços que possibilitem a esta reposicionar-se na sociedade, de forma a manter o necessário equilíbrio para que pais, filhos e avós possam ter qualidade de vida e bem-estar social.

A mudança do papel da mulher na sociedade e na família, o declínio das taxas de natalidade, nupcialidade, fecundidade e mortalidade, assim como um conjunto de mudanças ao nível dos valores e mentalidades, conduziram a novas necessidades, tais como equipamentos sociais de apoio às famílias, nas áreas da infância e terceira idade que, de uma forma indirecta, vêm contribuir para a afirmação da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no acesso ao emprego e participação social.

Na freguesia da Foz do Sousa e no alto concelho, não existem equipamentos sociais de apoio à infância. Com apenas uma creche da rede privada, que não é acessível a todas as famílias, do ponto de vista económico, a área da primeira infância está desprovida de qualquer equipamento, para uma população de mais de16169 habitantes (freguesias da Foz-do-Sousa, Covelo, Medas, Melres e Lomba) . Na área da infância, a freguesia só está coberta a nível da rede pré-escolar. Até aos 3 anos de idade, as famílias não têm onde deixar as crianças, recorrendo muitas vezes a amas ilegais, ou, optando as mães por ficar em casa e só trabalhar após entrada dos filhos no Jardim de Infância.

Temos conhecimento, através de dados do Centro de Saúde, que na nossa freguesia existem cerca de 330 crianças com idades compreendidas entre os 0 e 3 anos e que alguns casais residentes na freguesia tiveram que recorrer a equipamentos sociais de outro concelho, nomeadamente o Centro Infantil de Crestuma, no Concelho de Vila Nova de Gaia.

As estruturas de apoio à terceira idade são igualmente reduzidas ou quase inexistentes, face às necessidades da população idosa e suas famílias. Com cerca de 871 idosos, a freguesia conta apenas com um Centro de Convívio e SAD, dinamizados pelo Centro Social. Após estes quatro anos de início de funcionamento da valência de Centro de Convívio e constituição de um corpo técnico, a direcção e equipa técnica sentem diariamente as dificuldades de idosos e familiares em obter serviços, tais como Lar, Centro de Dia ou SAD, imprescindíveis para a qualidade de vida do idoso e sua família. Não é de mais relembrar que o século XXI permitiu uma esperança de vida cada vez mais alargada, mas, por vezes, com custos muito pesados para a sociedade com um igual aumento de um período de vida com menos qualidade para o idoso e respectiva família.

Assim, o Centro Social Paroquial de S. João da Foz do Sousa, que está a funcionar desde a sua constituição em instalações cedidas pela paróquia da Foz do Sousa, iniciou em 2003 as diligências para a Construção de um edifício de raiz, a fim de aumentar o número de vagas para o Serviço de Apoio Domiciliário (de 16 para 40), tal como criar outros serviços, quer de apoio à terceira Idade como Centro de Dia para 30 utentes e Lar de Idosos também para 30 utentes, quer de apoio à 1.ª infância, com a criação de uma creche para 33 crianças, com idades compreendidas entre os 4 meses e os 3 anos.
Esta nova construção visa, ampliar e melhorar todos os serviços que esta instituição tem vindo a oferecer a esta população, que funcionando de forma precária, não só pelas instalações que ocupa mas também pelo elevado número de solicitações a que está sujeita, e que por falta de meios, não consegue dar a necessária resposta.

ENQUADRAMENTO NO TERRITÓRIO

O terreno a trabalhar, situa-se na Rua da Igreja, da Freguesia de S. João da Foz do Sousa, Concelho de Gondomar, apresentando como área total 5.073 metros quadrados, para onde se propõe o destaque de parcela de 4.094 metros quadrados para a construção do designado “ Centro Social e Paroquial de S. João da Foz do Sousa “.

O terreno onde se pretende a edificação é servido pelos arruamentos designados por Rua da Igreja e Rua da Escola, que possuem as infra-estruturas básicas indispensáveis à sua realização.

Inserido no centro da freguesia de S. João da Foz do Sousa, pretende servir a zona habitacional onde se insere, mas também visa estender o seu serviço e apoio a todos os utentes mais carenciados dos aglomerados próximos, situação que já ocorre nos dias de hoje, conforme anteriormente referido.

O local de intervenção é exclusivamente habitacional e rural, distante de centros industriais ou fontes poluidoras e ruidosas, oferecendo aos utilizadores relaxantes paisagens naturais, autêntico mirante sobre o Vale do Rio Sousa, que a sul desagua no Douro.

A acessibilidade imediata associada à sua excelente exposição solar, constitui um lugar privilegiado para a localização deste tipo de equipamento.

Quanto à natureza do terreno onde se pretende edificar o Centro, este é caracterizável pela sua morfologia acidentada e agreste, cuja configuração esguia e repartida pelo elevado número de leiras foram determinantes para implantação e desenho do volume proposto.

O EDIFÍCIO

O edifício, equipamento de carácter social, traduz-se num conjunto volumétrico de configuração “propositadamente” exígua, que associada à sua implantação na cota mais elevada do terreno, entre o primeiro e segundo patamares, não só protege toda a restante propriedade das necessárias acessibilidades mecânicas, como permite libertar uma extensa área verde, para as várias actividades ao ar livre.

A “peça de Arquitectura”, procura assim estender-se e diluir-se no terreno, através da adopção das cotas que hoje constituem as demais leiras. Esta atitude desenvolve pátios e jardins, abrindo-o não só ao exterior como a todo o vale que se estende a sul/poente.

O conjunto é composto por três corpos, dois horizontais e justapostos, que com diferentes materiais de revestimento marcam distintas intenções de ocupação.

Um terceiro volume de forma esférica recebe o espaço, designado por Centro de Recursos, actividade comum a todas as valências, permitindo ao utente o contacto directo com o conhecimento e investigação através da biblioteca e do apoio multimédia. Este volume, parte integrante de todo o conjunto, procura uma identificação e destaque pela sua forma, embora adopte o mesmo revestimento e cor.

A serventia mecânica e o acesso principal ao edifício faz-se pela cota mais elevada do terreno, frente urbana mais favorável, o que permite libertar a maior área possível de logradouro para ajardinamento e percursos pedonais, proporcionando aprazíveis espaços de lazer ao ar livre.

A circulação automóvel é restrita a uma pequena área e em local que não interfere com o diário funcionamento da instituição.

Neste espaço são previstos 22 lugares de aparcamento automóvel privados de utilização pública, dos quais dois com dimensão para uma utilização por pessoas com mobilidade reduzida.

A portaria volta-se então à Rua da Escola, onde um pórtico acolhe a porta pedonal, a de acesso mecânico e de dois pequenos compartimentos destinado a áreas técnicas.

O programa a que se responde visa as quatro valências de maior carência na Freguesia:
- Creche 33 utentes
- Centro de Dia 30 utentes
- Lar de 3ª Idade 30 utentes
- Apoio Domiciliário 40 utentes


“PERCURSO PELO PROGRAMA DO EDIFÍCIO”

O átrio principal, localizado no piso térreo do edifício, recebe a recepção, com o balcão de atendimento e secretariado-geral, uma área de espera e uma instalação sanitária de apoio.

Em área adjacente encontram-se os serviços administrativos, o gabinete do director e a sala de reuniões.

É deste local, que se realiza a “livre” acessibilidade a todas as valências que o edifício concretiza.

Assim através da comunicação vertical - ascensor ou escadaria de serviço/emergência é possível deslocarmo-nos aos restantes pisos do edifício:
- no piso inferior desenvolve-se a creche, com todos os espaços de estar, de actividades, de trabalho e de higiene a si afectos;

- o piso superior é específico para o lar de 3º idade e para o quarto de alojamento temporário, este afecto essencialmente aos utentes do centro de dia.

Directamente da sala de espera, é possível aceder a um espaço especifico, designado por Centro de Recursos, extensão dos espaços de actividade comum ao Lar e Centro de Dia, permitindo ao utente o contacto directo com o conhecimento e investigação, a biblioteca e do apoio multimédia.

Ainda no piso térreo, com acesso condicionado pelo átrio, localizam-se os serviços de saúde e higiene, constituídos pelo gabinete médico (comum a todas as valências, mas afecto ao Lar de 3ª idade), cabeleireiro e pedicura, banho assistido e enfermaria, estes igualmente comuns, mas afectos ao Centro de Dia.

Está também previsto um compartimento próprio, mas de acesso restrito, para recolha dos resíduos hospitalares.

O acesso à sala de refeições, que se desenvolve neste piso térreo em estrita relação com as necessárias áreas de serviço, apresenta uma acessibilidade distinta para os utentes, realizando-se através de um segundo elevador e escada de serviço.

Esta comunicação vertical serve os utentes do Lar que se encontram no piso superior de quartos, os utentes do Lar e Centro de Dia que se encontram no piso inferior nos diversos espaços de estar/convívio ou de actividades, bem como as crianças da creche.

A sala de refeições está preparada para receber o número de utentes previsto:
- 30 utentes para Lar
- 30 utentes para Centro de Dia
- 25 crianças da Creche – mobiliário especifico

A cozinha e lavandaria foram objecto de consultadoria de empresa específica de Equipamentos Hoteleiros, para definição do respectivo lay-out mais funcional para o espaço disponibilizado no edifício. Realce para o funcionamento de “marcha à frente” do serviço da cozinha.

A cozinha está constituída por todas as componentes de serviço - dispensa de dia, áreas de refrigeração/congelados, zona de preparação, de confecção e de lavagem, vasilhame e arrecadação de produtos de limpeza.

Uma entrada de serviço de pessoal permite a acessibilidade aos espaços de trabalho, áreas restritas ao público e aos utentes, tais como, vestiários, sala de descanso e instalações sanitárias afectas ao pessoal, lavandaria, cozinha, apoio domiciliário, e compartimento de lixos.

A lavandaria tal como a cozinha, encontra-se organizada em zonas distintas e sequenciais - lavagem, secagem, engomaria e arrumos.

Servindo-se de um monta-cargas, foram localizadas as arrecadações gerais, incluindo o economato de apoio à cozinha, no piso inferior. Este piso, fruto do possível acesso mecânico exterior a esta cota, apresenta uma entrada de serviço autónoma para reabastecimento destes compartimentos.

Conjuntamente com estas arrecadações, foi proporcionado um espaço restrito a áreas técnicas, tais como cisterna de abastecimento de água e cisterna de abastecimento à rede de combate a incêndio, entre outros equipamentos específicos que irão permitir o melhor funcionamento do edifício em termos de segurança, conforto, aquecimento de águas e climatização dos compartimentos.

No piso inferior, também térreo para o terreno, desenvolve-se a valência CRECHE para um total de 33 crianças, constituída pelos seguintes espaços:
- espaço destinado à espera e estar;
- gabinete de trabalho para acolhimento de famílias;
- instalações sanitárias de apoio – adulto;
- gabinete de trabalho para pessoal técnico em ligação directa com o quarto de isolamento para crianças adoentadas;
- berçário constituído pela sala de berços para 8 crianças, sala parque com visibilidade directa e abertura entre elas, servidas pela copa de leites devidamente equipada, bem como um compartimento próprio para higienização, ambos com ventilação mecânica de acordo com as exigências técnicas deste tipo de compartimentos;
- uma sala de actividades para 10 crianças até à idade de 24 meses;
- uma sala de actividades para 15 crianças da idade de 24 meses até aos 36 meses;
- espaços específicos para cabides das crianças, armários para acondicionar catres e colchões;
- instalações sanitárias dimensionadas para as crianças num total de 5 sanitas, área de bacios, fraldário, base de chuveiro de acordo com o especificado;

De referir que todos os compartimentos destinados às crianças, permitem a entrada de luz directa e ventilação natural, com possibilidade de saída controlada para o exterior, usufruindo de uma vasta área coberta com pavimentos diferenciados, incluindo áreas verdes/ajardinadas, e equipamentos infantis para a maior diversidade de actividades ao ar livre.

No extremo oposto deste piso inferior, também térreo para o terreno, desenvolvem-se as áreas de estar e convívio dos utentes do Lar de 3ª idade e do Centro de Dia, constituída pelos seguintes espaços:

- duas salas de convívio para actividades de grandes grupos
- gabinete e trabalho para um animador cultural
- três salas de actividades para trabalho/actividades especificas, apoiadas por bancada de trabalho com lavatório e armário
- espaço para actividade física – ginásio
- instalações sanitárias proporcionadas para o número de utentes utilizadores desta zona

Também aqui os compartimentos, permitem a entrada de luz directa e ventilação natural, com possibilidade de saída controlada para o exterior, usufruindo de uma vasta área coberta com pavimentos diferenciados, incluindo áreas verdes/ajardinadas, mobiliário urbano/jardim para estar e permitir uma diversidade de actividades ao ar livre.

No piso superior, é o mais reservado e destina-se quase em exclusivo a quartos do Lar de 3ª Idade.
Este piso foi organizado em duas alas de quartos, designadas por “ala sul e ala norte” tendo em conta o desenho do edifício.

Entre as duas alas, localiza-se a comunicação vertical, elevador apropriado para transporte de utentes acamados e a escada de serviço, permitindo o acesso directo:
- ao piso térreo – sala de refeições e zona de saúde
- ao piso -1 – zonas de convívio e estar, bem como actividades ao ar-livre.

Também centralizado está o banho com ajuda, equipado com todo o sistema técnico de apoio e instalação sanitária.

No extremo oposto, é também possível realizar a acessibilidade directamente do átrio principal do edifício, através de um segundo elevador e escadas de serviço. É deste lado do edifício que se encontra o alojamento temporário de utentes do Centro de Dia, constituído por um quarto duplo, com respectiva instalação sanitária completa de apoio.

Os quartos são constituídos por zona de dormir, respeitando os afastamentos e as áreas regulamentares de circulação envolventes às camas, roupeiro de apoio e instalação sanitária completa.

Em cada ala de quartos, foram previstos os respectivos compartimentos para rouparia e zona de sujos, bem como uma sala de estar com copa dimensionada para o número de utentes afectos a cada ala.

A existência de um gabinete de trabalho para um técnico vigilante complementa o programa deste piso.

No piso de quartos, foi localizada uma área técnica destinada a uma conduta para os resíduos hospitalares, resultante de tratamentos particulares, cuja recolha se localiza no piso térreo, em compartimento específico.

JARDIM DE INFÂNCIA - EB1 RETORTA - CAMPO

AMPLIAÇÃO DE ESCOLA - EB1 / J I DA RETORTA - CAMPO


A intervenção pretendida insere-se numa parcela de terreno com 1.708,00 m2, de forma a permitir a ampliação da referida Escola e assim possibilitar a introdução do programa de Jardim-de-Infância.

Deste processo de aquisição do terreno e da intervenção pretendida, resultará o seguinte quadro de áreas:
Área inicial do terreno 2.853,00 m2
Área de ampliação/aquisição 1.708,00 m2
Área total do terreno 4.561,00 m2
Área final do terreno após cedências 4.402,00 m2

É relevante referir que relativamente a esta nova intervenção, as características arquitectónicas do edifício existente, onde se pretende o desenvolvimento do ensino básico, bem como as intervenções de ampliação que foram ocorrendo ao longo dos tempos, nomeadamente a construção de um espaço polivalente/refeitório e as respectivas áreas de apoio (cozinha, balneário/vestiário de pessoal e instalações sanitárias), foram determinantes na pretensão desenvolvida, de modo, a assegurar a mais correcta articulação espacial com o novo programa a implantar.

Face ás particularidades e exigências funcionais do programa Jardim-de-infância, foi projectado um edifício estruturalmente autónomo, permitindo um percurso acessível desde a entrada na Escola ao interior das salas de aula, através de um percurso coberto e nivelado.

O percurso, sob a forma de alpendre, intersecta dois volumes de configuração linear, paralelepipédicos, onde se desenvolve o programa de JI.

Este percurso inicia-se num pequeno volume, definidor da entrada na Escola, abrindo-se para um amplo patamar coberto, que funciona como recepção e espera de grandes grupos.

Por sua vez este átrio subdivide-se em duas direcções, uma para o edifício antigo, agora exclusivo do Ensino Básico, e o outro para o novo programa de Jardim-de-Infância.

Como forma de garantir um percurso acessível, foi opção, introduzir uma rampa suave, em alternativa à escada que vence a cota da Rua para o nível de acesso à Escola, funcionando também como acesso directo aos utentes que se desloquem do JI para a Sala Polivalente e Refeitório.

No primeiro volume encontramos um grande átrio, protegido, que se destina a recreio coberto mais direccionado para esta camada etária. A proximidade com a Sala de Recursos/Biblioteca permite, facilmente, ampliar o espaço de actividades para o exterior.

No segundo volume, este mais compacto e reservado, serão localizadas as Salas de Aula, num total de três unidades, uma Sala de Repouso, um Gabinete de Trabalho para Professores e as respectivas Instalações Sanitárias.

A área envolvente a esta nova intervenção, será devidamente ajardinada, com um extenso relvado “trabalhado” de modo a garantir a sua utilização em segurança, por parte das crianças.

COMPLEXO DESPORTIVO DE VALONGO


COMPLEXO DESPORTIVO DE VALONGO

O Complexo Desportivo de Valongo, encontra-se em execução num terreno camarário, cedência/permuta no âmbito dos Processos de Loteamento da Quinta da Lousa, localizado no lugar da Outrela, freguesia de Valongo.

O terreno em causa tem sido objecto, ao longo dos tempos, de sucessivos aterros, situação que permitiu a criação da plataforma de trabalho necessária à implantação do recinto de jogo.

A morfologia do terreno e os condicionalismos das futuras intervenções urbanísticas previstas para a envolvente à área de intervenção, foram factores determinantes para “adoptar” a Rua da Virela como a principal acessibilidade mecânica ao local, havendo um outro acesso secundário e de serviço, pelo lado sul, a consolidar quando o Loteamento se executar.
A Rua da Virela será também objecto de melhoria do seu traçado e perfil, e por aqui se garante a chegada das infra-estruturas necessárias para o bom funcionamento das instalações.

Para permitir, a curto prazo, a realização dos programas de formação das camadas jovens na prática do futebol, é opção da Autarquia realizar a obra por fases de execução.

Assim e tendo em conta a situação actual da participação das principais equipas do concelho de Valongo nos campeonatos nacionais de Futebol, a primeira fase, por decisão superior, irá garantir os seguintes pressupostos:

1. Campo de jogo para “Futebol de 11”, com a dimensão de 100x64 metros, para a realização de jogos oficiais de carácter Regional/Nacional, prevendo-se o piso final em relva sintética de última geração.

2. Quatro colunas de iluminação, dimensionadas para permitir os treinos à noite e para a realização de eventos oficiais.

3. Edifícios com as infra-estruturas necessárias para Treinos e Competição Oficial de Campeonatos Distritais, Formação e Seniores, com destaque para os seguintes compartimentos:

- 3 unidades de balneários com capacidade cada um para 20 atletas (um para a equipa da casa e dois para equipas visitantes);

- 2 unidades de balneários para árbitros;

- um gabinete médico de apoio aos atletas;

- diversas áreas técnicas e de arrecadação para garantia do bom funcionamento do edifício;

- delimitação das zonas afectas aos atletas distintas das zonas de circulação do público;

- definição do aparcamento das viaturas de transporte dos atletas, viaturas oficiais e de emergência;

- execução de aparcamento de viaturas para o público assistente;

- recurso às energias renováveis com utilização de paineis solares em dimensão para aquecimento das águas de banho dos atletas;

- e todas as áreas/compartimentos expressas no Regulamento das Condições Técnicas e de Segurança dos Estádios - Decreto Regulamentar nº.10/2001 de 7 de Junho, e o Plano de Acessibilidades, DL-163 de 2006.


Numa segunda fase, os trabalhos prevêem o tratamento paisagístico do local, com destaque para o talude a poente, que envolve o campo de jogos, através de ajardinamento, iluminação e execução de um segundo parque de estacionamento para as viaturas do público assistente.

A terceira fase, mais ambiciosa, será para a execução de dois corpos de bancadas cobertas para provas de outra dimensão nacional e internacional.




A PROPOSTA

O elemento organizador do programa de trabalho do presente projecto, foi sem dúvida, a necessidade de implantar o campo de jogo com a orientação NNO-SSE e com as dimensões estabelecidos para a realização de provas oficiais, pelo que este apresenta 100,00m de comprimento e 64,00m de largura com as áreas de protecção necessárias.

A partir desta implantação no terreno, foi possível distribuir de forma articulada todos os necessários espaços à prática da modalidade, distinguindo de forma clara, as zonas de circulação exclusivas para os atletas e staff organizador, das zonas que ficarão disponíveis para circulação e utilização do público assistente.

A plataforma inferior, criada no terreno, resultado da execução do nivelamento do campo de jogos, servirá de apoio a todo o aparcamento auto do público assistente.

No âmbito desta intervenção realizar-se-á o tratamento superficial dos revestimentos do acesso público ao local, designado por Rua da Virela, garantia da distribuição das infra-estruturas necessárias ao bom funcionamento das instalações a edificar.

O empreendimento privado da autarquia, define-se através de elementos arquitectónicos de marcação de entrada para o acesso do público ao interior do complexo. Assim foram desenhados um pórtico/portaria e um elemento vertical que identificam o conjunto.

Nesta primeira plataforma de trabalho, que se define com um circuito de sentido único, para melhor circulação, serão executados 34 lugares de aparcamento auto de apoio ao público assistente. Entre eles foram definidos e delimitados 6 lugares para pessoas com mobilidade reduzida.

O pórtico de entrada, apoia-se num percurso pedonal, direccionado à entrada principal do campo de jogos. Na entrada encontram-se as áreas sociais, designadamente a secretaria, os sanitários públicos e ainda a possibilidade realização de um estabelecimento – cafetaria/bar de apoio.

No lado oposto, delimita-se a área privada do complexo, totalmente reservada aos atletas, entidades oficiais e de emergência, e restantes áreas de serviço. Nesta zona de circulação estão definidos dois lugares especificos de aparcamento privado para autocarros de transporte dos atletas/jogadores e 17 lugares auto privados para as referidas entidades, sendo que 4 destes lugares permitem a sua utilização por pessoas com mobilidade reduzida.

É por este local que se faz a acessibilidade ao interior dos balneários/sanitários de jogadores, árbitros e médico, e também aos espaços de manutenção do campo de jogos.

O recinto de jogo, será do tipo relvado sintético, delimitado por um muro com um metro de altura, apresentado nos topos, e por detrás das balizas uma estrutura metálica constituída por prumos verticais para fixação de uma rede para protecção de bolas.

Construtivamente desenvolveu-se um edifício, muito linear, de construção tradicional em estrutura de betão armado e alvenaria, especial atenção para o revestimento exterior das paredes, que se prevê em blocos serrados de ardósia negra da região. O volume de entrada, bem como, todos os acessos aos compartimentos, será revestido a chapa de aço corten, acesso principal do público ao interior do recinto.

CENTRO ESCOLAR DA ESTAÇÃO - VALONGO



CENTRO ESCOLAR - EB 1 / J I DA ESTAÇÃO - VALONGO
A intervenção insere-se num terreno com 3.390 metros quadrados, cedido à autarquia de Valongo, no âmbito de um processo de loteamento, cuja morfologia apresenta um declive suave e constante ao longo da sua extensão no sentido norte / sul, delimitado em toda a sua volta por arruamentos e caminhos públicos, o que possibilitou a criação de acessos mecânicos de emergência em todos os pontos da área escolar.

O edifício, de configuração linear, apresenta-se térreo e organiza dois corpos cuja localização e implantação procura consolidar o desenho dos novos arruamentos, suportando-se nestes e criando a frente urbana inexistente.


A área de implantação de 1.597 metros quadrados, corresponde à sua área total de construção, já que de um edifício térreo se trata, onde e por razões de “desenho” a solução passa por suspende-lo da cota base do terreno e mais alta, situação que proporciona a elevação deste na parte mais a sul do terreno e a consequente criação de “alpendres” através do próprio volume, espaço este a utilizar enquanto recreio coberto.

De um amplo hall de entrada ou átrio o utilizador tem acesso directo ao polivalente ou refeitório, á sala de recursos/biblioteca, ao atendimento/portaria, sala de associação de pais e á galeria de distribuição que no corpo mais a sul dá acesso ás demais salas de aula, instalações sanitárias de apoio, posto médico, salas de professores e apoio pedagógico.

Esta organização visa filtrar os acessos ao longo do percurso. O átrio será de acesso livre (família / pais) enquanto a galeria, será condicionado aos utentes (alunos, professores e funcionários) e é por aqui que os alunos deverão ser encaminhados para os recreios, local este onde se desenrola toda a mobilidade do dia escolar.
A área polivalente, onde se irão servir as refeições, foi então localizada junto ao átrio, facilitando deste modo as demais cargas e descargas diárias das refeições, já que um acesso mecânico e autónomo foi criado no ponto mais a nascente da propriedade, e apresenta uma área necessária a sua utilização pelos 25 alunos/sala.
Deste espaço, faz então parte:
. um amplo arrumo que proporcionará a arrumação de todas as mesas e cadeiras de refeição para uma melhor utilização ás demais actividades
. uma área de serviço com a dimensão necessária á preparação das refeições
. um balneário/vestiário e instalação sanitária de apoio a funcionários.
. uma dispensa de dia.
. um compartimento para resíduos sólidos e exterior.
Ainda com acesso directo pelo átrio, uma sala de recursos, de apoio a todas as faixas etárias, proporcionará diversas actividades, que vão desde a leitura (biblioteca) a todas as que os demais balcões de apoio possam proporcionar, quer durante o período escolar quer ao fim de tarde enquanto espaço de espera.
Neste local e ainda com acesso menos limitado, um compartimento de atendimento/portaria recepciona os utentes e localizará o necessário control a entradas e saídas á galeria da escola e uma sala destinada á associação de pais, ambas apoiadas por uma instalação sanitária.

Da ampla galeria onde se localizam a totalidade dos cabides do jardim de infância e os cacifos do primeiro ciclo, assim como as demais instalações sanitárias, é onde se irá desenvolver o dia da escola, e acesso aos demais recreios (cobertos e descobertos).
Aqui foram igualmente localizados todas as oito salas de aula – 2 JI E 6 EB1 e todos os espaços destinados aos professores, como a sala de trabalho e instalação sanitária.

Desta resulta uma área bruta de construção total e acima do solo de 1.597 metros quadrados e uma área envolvente de 1.792 metros quadrados destinada a recreio e áreas verdes.

CAFETARIA DO PARQUE DA CIDADE VALONGO


CAFETARIA DO PARQUE DA CIDADE VALONGO


CAFETARIA DO PARQUE DA CIDADE VALONGO


PARQUE DA CIDADE - VALONGO


PARQUE DA CIDADE - VALONGO


CASTELO NOVO


HABITAÇÃO UNIFAMILIAR PAREDES PORTUGAL


HABITAÇÃO UNIFAMILIAR PAREDES PORTUGAL


HABITAÇÃO UNIFAMILIAR PAREDES PORTUGAL


HABITAÇÃO UNIFAMILIAR PAREDES PORTUGAL


HABITAÇÃO UNIFAMILIAR PAREDES PORTUGAL


HABITAÇÃO UNIFAMILIAR PAREDES PORTUGAL


HABITAÇÃO UNIFAMILIAR LOUSADA PORTUGAL


HABITAÇÃO UNIFAMILIAR - LOUSADA PORTUGAL


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JARDIM DE INFÂNCIA - ESCOLA EB1/JI RETORTA - CAMPO - VALONGO


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COMPLEXO DESPORTIVO DE OUTRELA 2010 VALONGO


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ALDEIA DE COUCE - reabilitação de caminhos VALONGO


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PRÉMIOS E DISTINÇÕES

- CORREDOR ECOLÓGICO NA SERRA DE STA JUSTA - VALONGO a COUCE
MENSÃO HONROSA DO PRÉMIO GREEN AWARDS - 2009
- PARQUE AMBIENTAL DE VALONGO
1º PRÉMIO NACIONAL DE BOAS PRÁTICAS LOCAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - 2007
- CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DE S. JOÃO DA FOZ DO SOUSA